sábado, 12 de setembro de 2009

A Guerra contra a democracia (Documentario)


Neste documentário John Pilger mostra a perseguição histórica dos Estados Unidos, não pela democracia, mas CONTRA ela. Os EUA, ao contrário de levar a democracia ao mundo (como sempre propagam…), na verdade tem feito de tudo para que isso não aconteça. Viajando para vários países (Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Chile, Bolívia, Venezuela), John Pilger mostra as repetidas vezes na história do continente onde os EUA usou as armas para suplantar governos democraticamente eleitos.
O documentário tem um nível de detalhamento e atualidade profundo, indo fundo em cada caso. Contendo entrevistas com o presidente Hugo Chávez, com pessoas comuns nos “barrios” de Caracas organizadas nas “misiones” que lêem sua constituição; com pessoas torturadas pela ditadura chilena (e também pessoas que defendem Pinochet!); com uma sobrevivente dos “esquadrões da morte” em El Salvador; e até com um ex-agente da CIA, que revela como eles propagam sua guerra particular na América Latina… O filme faz revelações surpreendentes e inquestionáveis, da tragédia e violência imputada pelos EUA e seus aliados locais ás pessoas da América Latina.
John Pilger, é um reconhecido jornalista e escritor australiano, que se dedica á contra-informação e á denúncia das falsidades da democracia capitalista, e das atrocidades cometidas em seu nome. Produziu vários documentários, sendo este um dos melhores dele.

Não deixem de assistir !!

Revolução Quilombolivariana!!

Manifesto em solidariedade, liberdade e desenvolvimento dos povos afro-ameríndio latinos, no dia 01 de maio dia do trabalhador foi lançado o manifesto da Revolução Quilombolivariana fruto de inúmeras discussões que questionavam a situação dos negros, índios da América Latina, que apesar de estarmos no 3º milênio em pleno avanço tecnológico, o nosso coletivo se encontra a margem e marginalizados de todos de todos os benefícios da sociedade capitalista euro-americano, que em pese que esse grupo de países a pirâmide do topo da sociedade mundial e que ditam o que e certo e o que é errado, determinando as linhas de comportamento dos povos comandando pelo imperialismo norte-americano, que decide quem é do bem e quem do mal, quem é aliado e quem é inimigo, sendo que essas diretrizes da colonização do 3º Mundo, Ásia, África e em nosso caso América Latina, tendo como exemplo o nosso Brasil, que alias é uma força de expressão, pois quem nos domina é a elite associada à elite mundial é de conhecimento que no Brasil que hoje nos temos mais de 30 bilionários, sendo que a alguns destes dessas fortunas foram formadas como um passe de mágica em menos de trinta anos, e até casos de em menos de 10 anos, sendo que algumas dessas fortunas vieram do tempo da escravidão, e outras pessoas que fugidas do nazismo que vieram para cá sem nada, e hoje são donos deste país, ocupando posições estratégicas na sociedade civil e pública, tomando para si todos os canais de comunicação uma das mais perversas mediáticas do Mundo. A exclusão dos negros e a usurpação das terras indígenas criaram-se mais e 100 milhões de brasileiros sendo estes afro-ameríndios descendentes vivendo num patamar de escravidão, vivendo no desemprego e no subemprego com um dos piores salários mínimos do Mundo, e milhões vivendo abaixo da linha de pobreza, sendo as maiores vitimas da violência social, o sucateamento da saúde publica e o péssimo sistema de ensino, onde milhões de alunos tem dificuldades de uma simples soma ou leitura, dando argumentos demagógicos de sustentação a vários políticos que o problema do Brasil e a educação, sendo que na realidade o problema do Brasil são as péssimas condições de vida das dezenas de milhões dos excluídos e alienados pelo sistema capitalista oligárquico que faz da elite do Brasil tão poderosa quantos as do 1º Mundo. É inadmissível o salário dos professores, dos assistentes de saúde, até mesmo da policia e os trabalhadores de uma forma geral, vemos o surrealismo de dezenas de salários pagos pelos sistemas de televisão Globo, SBT e outros aos seus artistas, jornalistas, apresentadores e diretores e etc.Manifesto da Revolução Quilombolivariana vem ocupar os nossos direito e anseios com os movimentos negros afro-ameríndios e simpatizantes para a grande tomada da conscientização que este país e os países irmãos não podem mais viver no inferno, sustentando o paraíso da elite dominante este manifesto Quilombolivariano é a unificação e redenção dos ideais do grande líder zumbi do Quilombo dos Palmares a 1º Republica feita por negros e índios iguais, sentimento este do grande líder libertador e construí dor Simon Bolívar que em sua luta de liberdade e justiça das Américas se tornou um mártir vivo dentro desses ideais e princípios vamos lutar pelos nossos direitos e resgatar a história dos nossos heróis mártires como Che Guevara, o Gigante Osvaldão líder da Guerrilha do Araguaia. São dezenas de histórias que o Imperialismo e Ditadura esconderam. Há mais de 160 anos houve o Massacre de Porongos os lanceiros negros da Farroupilha o que aconteceu com as mulheres da praça de 1º de maio? O que aconteceu com diversos povos indígenas da nossa América Latina, o que aconteceu com tantos homens e mulheres que foram martirizados, por desejarem liberdade e justiça? Existem muitas barreiras uma ocultas e outras declaradamente que nos excluem dos conhecimentos gerais infelizmente o negro brasileiro não conhece a riqueza cultural social de um irmão Colombiano, Uruguaio, Venezuelano, Argentino, Porto-Riquenho ou Cubano. Há uma presença física e espiritual em nossa história os mesmos que nos cerceiam de nossos valores são os mesmos que atacam os estadistas Hugo Chávez e Evo Morales Ayma,Rafael Correa, Fernando Lugo não admitem que esses lideres de origem nativa e afro-descendente busquem e tomem a autonomia para seus iguais, são esses mesmos que no discriminam e que nos oprime de nossa liberdade de nossas expressões que não seculares, e sim milenares. Neste 1º de maio de diversas capitais e centenas de cidades e milhares de pessoas em sua maioria jovem afro-ameríndio descendente e simpatizante leram o manifesto Revolução Quilombolivariana e bradaram Viva a,Viva Simon Bolívar Viva Zumbi, Viva Che, Viva Martin Luther King, Viva Osvaldão, Viva Mandela, Viva Chávez, Viva Evo Ayma, Viva a União dos Povos Latinos afro-ameríndios, Viva 1º de maio, Viva os Trabalhadores e Trabalhadoras dos Brasil e de todos os povos irmanados.
Jah Guide

A Escola das americas

Documentário com os comentários de Noam Chomsky, Eduardo Galeano, Michael Parenti e outros , sobre a política externa americana naAmérica do Sul e América Latina, abordando a militarização, globalização, segurança nacional e o chamado terrorismo internacional.
O documentário apresenta depoimentos pessoais de vítimas da violencia e da repressão na América Latina e levanta questões e preocupações referentes aos verdadeiros objetivos da política externa americana na América do Sul e Latina.
Co-produzido por Andrés Thomas Conteris que por mais de 25 anos viaja através das Américas do Sul e Central em luta pela proteção deDireitos Humanos na região e contra as estratégias aemricanas de desestabilização política da região.Em Janeiro de 2005, recebeu oprêmio de Direitos Humanos pelas organizações de Honduras pelo seu trabalho denunciando o envolvimento de oficiais e politicos americanos nos esquadrões da morte em Honduras.
Em 2007, Conteris compareceu a Reunião do Senado americano para protestar contra a confirmação de John Negroponte como vice-Secretário de Estado.
John Negroponte é atualmete Vice-Secretário de Estado, segundo no comando de Condoleezza Rice em os E.U. Departamento de Estado,desde 13 de fevereiro de 2007. Seu cargo anterior no governo Bush foi o de Diretor de Inteligencia Americana.
A participação de Negroponte na America do Sul e Central está diretamente ligada as atividades dos esquadrões do chamado ProjetoCondor, responsável pelo assassinato de centenas de participantes de movimentos de esquerda na região. Também ligado a Escola da Americas, onde são treinados para militares envolvidos na tortura e assassinato de dissidentes. Recentemente a Escola das Americas mudou seu nome para “The Western Hemisphere Institute for Security Cooperation”.
Contribuição de Telma Alencar (Canadá).

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Mercedes Sosa


Mercedes Sosa (Tucumán, 9 de julho de 1935) é uma cantora argentina de grande apelo popular na América Latina. Alcunhada La Negra pelos longos e lisos cabelos negros.
Descoberta aos quinze anos de idade, cantando numa competição de uma rádio local da cidade natal, quando foi-lhe oferecido um contrato de dois meses. Admirada pelo timbre de contralto, gravou o primeiro disco Canciones con Fundamento, com um perfil de folk argentino. Consagrou-se internacionalmente nos EUA e Europa em 1967, e em 1970, com Ariel Ramirez e Felix Luna, gravando Cantata Sudamericana e Mujeres Argentinas. Gravou um tributo também à chilena Violeta Parra.
Sosa interpreta um vasto repertório, gravando canções de vários estilos. Atua freqüentemente com muitos músicos argentinos como León Gieco, Charly García, Antonio Tarragó Ros, Rodolfo Mederos e Fito Páez, e outros latino-americanos como Milton Nascimento, Fagner e Silvio Rodríguez.
É também uma conhecida ativista política de esquerda, foi peronista na juventude. Em tempos mais recentes manifestou-se como forte opositora da figura de Carlos Menem e apoiou a eleição do ex-presidente Néstor Kirchner. A preocupação sócio-política refletiu-se no repertório interpretado, tornando-se uma das grandes expoentes da Nueva Canción, um movimento musical latino-americano da década de 60, com raízes africanas, cubanas, andinas e espanholas. No Brasil, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, entre outros artistas, são expressões da Nueva Canción, marcada por uma ideologia de rechaço ao que entendiam como imperialismo norte-americano, consumismo e desigualdade social.
Possui um dueto ("So le piedo a Dios") com a consagrada cantora de Samba Beth Carvalho, cada uma cantando no seu idioma.
Destacamos também o dueto dela com o cantor cearense Fagner na música Años, sucesso gravado em 1981.
Uma musica muito conhecida na sua firme e ,ao mesmo tempo, terna voz é a cançao "Gracias a la vida", Composição de Violeta Parra.

Discografia

La voz de la zafra (1962)
Canciones con fundamento (1965)
Yo no canto por cantar (1966)
Hermano (1966)
Para cantarle a mi gente (1967)
Con sabor a Mercedes Sosa (1968)
Mujeres argentinas (1969)
Navidad con Mercedes Sosa (1970)
El grito de la tierra (1970)
Homenaje a Violeta Parra (1971)
Hasta la victoria (1972)
Cantata Sudamericana (1972)
Traigo un pueblo en mi voz (1973)
Niño de mañana (1975)
A que florezca mi pueblo (1975)
La mamancy (1976)
En dirección del viento (1976)
O cio da terra (1977)
Mercedes Sosa interpreta a Atahualpa Yupanqui (1977)
Si se calla el cantor (1977)
Serenata para la tierra de uno (1979)
A quién doy (1980)
Gravado ao vivo no Brasil (1980)
Mercedes Sosa en Argentina (1982)
Mercedes Sosa (1983)
Como un pájaro libre (1983)
Recital (1983)
¿Será posible el sur? (1984)
Vengo a ofrecer mi corazón (1985)
Corazón Americano (1985) (con Milton Nascimento & León Gieco)
Mercedes Sosa ´86 (1986)
Mercedes Sosa ´87 (1987)
Gracias a la vida (1987)
Amigos míos (1988)
En vivo en Europa (1990)
De mí (1991)
30 años (1993)
Sino (1993)
Gestos de amor (1994)
Oro (1995)
Escondido en mi país (1996)
Alta fidelidad (1997) (con Charly García)
Al despertar (1998)
Misa Criolla (2000)
Acústico (2002)
Argentina quiere cantar (2003) (con Víctor Heredia & León Gieco)
Corazón Libre (2005)

Filmografia

Me gusta mucho !!! ouvi-lá tomando um gim com cereja e água tônica..

Quem sou??????


MINHA CULPA


Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem Quem sou? um fogo-fátuo, uma miragem... Sou um reflexo...um canto de paisagem Ou apenas cenário! Um vaivém Como a sorte: hoje aqui, depois além! Sei lá quem sou? Sei lá! Sou a roupagem De um doido que partiu numa romagem E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!... Sou um verme que um dia quis ser astro... Uma estátua truncada de alabastro... Uma chaga sangrenta do Senhor... Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados, Num mundo de maldades e pecados, Sou mais um mau, sou mais um pecador...


Florbela Espanca



Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1894Matosinhos, 8 de Dezembro de 1930), batizada com o nome Flor Bela de Alma da Conceição, foi uma poetisa portuguesa. A sua vida de trinta e seis anos foi tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização e feminilidade
Filha de Antónia da Conceição Lobo e do republicano João Maria Espanca nasceu no dia 8 de Dezembro de 1894 em Vila Viçosa, no Alentejo. O seu pai herdou a profissão do sapateiro, mas passou a trabalhar como antiquário, negociante de cabedais, desenhista, pintor, fotógrafo e cinematografista. Foi um dos introdutores do “Vitascópio de Edison” em Portugal.
Era casado com Mariana do Carmo Toscano. A sua esposa não pôde dar-lhe filhos. Porém, João Maria resolveu tê-los – Florbela e Apeles, três anos mais novo – com outra mulher, Antónia da Conceição Lobo, de condição humilde. Ambos os irmãos foram registados como filhos ilegítimos de pai incógnito. Entretanto, João Maria Espanca criou-os na sua casa e a Mariana passou a ser madrinha de baptismo dos dois. João Maria nunca lhes recusou apoio nem carinho paternal, mas reconheceu Florbela como a sua filha só dezoito anos depois da morte dela.
Entre 1899 e 1908 Florbela frequentou a escola primária em Vila Viçosa. Foi naquele tempo que passou a assinar os seus textos Flor d’Alma da Conceição. As suas primeiras composições poéticas datam dos anos 1903-1904: o poema “A Vida e a Morte”, o soneto em redondilha maior em homenagem ao irmão Apeles, e um poema escrito por ocasião do aniversário do pai. Em 1907, Florbela escreveu o seu primeiro conto: “Mamã!” No ano seguinte, faleceu a sua mãe, Antónia, com apenas vinte e nove anos.
Flor ingressou então no Liceu Masculino André de Gouveia em Évora, onde permaneceu até 1912[6]. Foi uma das primeiras mulheres em Portugal a frequentar o curso secundário. Devido à Revolução republicana de 5 de Outubro de 1910, os Espanca mudaram-se para Lisboa. Florbela interrompeu os estudos mas aproveitou o tempo para leituras (Balzac, Dumas, Camilo Castelo Branco, Guerra Junqueiro, Garrett)[2].
Em 1913 casou-se em Évora com Alberto de Jesus Silva Moutinho, seu colega da escola. O casal morou primeiro em Redondo[2]. Em 1915 instalou-se na casa dos Espanca em Évora, por causa das dificuldades financeiras.
Em 1916, de volta a Redondo, a poetisa reuniu uma selecção da sua produção poética desde 1915, inaugurando assim o projeto Trocando Olhares[2]. A coletânea de oitenta e cinco poemas e três contos serviu-lhe mais tarde como ponto de partida para futuras publicações. Na época, as primeiras tentativas de promover as suas poesias falharam.
No mesmo ano, Florbela iniciou a colaborar como jornalista em Modas & Bordados (suplemento de O Século de Lisboa), em Notícias de Évora e em A Voz Pública, também evorense. A poetisa regressou de novo a esta cidade em 1917. Completou o 11º ano do Curso Complementar de Letras e matriculou-se na faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Foi uma das catorze mulheres entre trezentos e quarenta e sete alunos inscritos.
Um ano mais tarde a escritora sofreu as consequências de um aborto involuntário, que lhe teria infectado os ovários e os pulmões. Mudou-se para Quelufes, onde apresentou os primeiros sinais sérios de neurose.
Em 1919 saiu finalmente a sua primeira obra, Livro de Mágoas, antologia de poemas. A tiragem (duzentos exemplares) esgotou-se rapidamente. No mesmo ano, sendo ainda casada, a escritora passou a viver com António José Marques Guimarães, alferes de Artilharia da Guarda Republicana.
Em meados do 1920 abandonou os estudos na faculdade do Direito. No ano seguinte, divorciou-se de Moutinho para casar com o amante. O casal passou a residir no Porto, mas, no ano seguinte, transferiu-se para Lisboa, onde Guimarães se tornou chefe de gabinete do Ministro do Exército.
Em 1922, a 1 de Agosto, a recém fundada Seara Nova publicou o seu soneto “Prince charmant...”, dedicado a Raul Proença. Em Janeiro de 1923 veio a lume a sua segunda coletânea de sonetos, Livro de Sóror Saudade, edição paga pelo pai da poetisa. Para sobreviver, Florbela começou a dar aulas particulares de português.
Em 1925, após mais um aborto, divorciou-se pela segunda vez. Esta situação abalou-a muito. O seu ex-marido, António Guimarães, abriu mais tarde uma agência, “Recortes”, que coleccionava notas e artigos sobre vários autores. O seu espólio pessoal reúne o mais abundante material que foi publicado sobre Florbela, desde 1945 até 1981. Ao todo são 133 recortes.
Ainda em 1925, a poetisa casou com o médico Mário Pereira Lage, que conhecia desde 1921 e com quem vivia desde 1924. O casamento decorreu em Matosinhos, no Distrito do Porto, onde o casal passou a morar a partir de 1926.
Em 1927 a autora principiou a sua colaboração no jornal D. Nuno de Vila Viçosa, dirigido por José Emídio Amaro. Naquele tempo não encontrava editor para a coletânea Charneca em Flor. Preparava também um volume de contos, provavelmente O Dominó Preto, publicado postumamente apenas em 1982. Começou a traduzir romances para as editoras Civilização e Figueirinhas do Porto.
No mesmo ano, Apeles, o irmão da escritora, faleceu num trágico acidente de avião. A sua morte foi para a autora realmente dolorosa. Em homenagem ao irmão, Florbela escreveu o conjunto de contos de As Máscaras do Destino, volume publicado postumamente em 1931. Entretanto, a sua doença mental agravou-se bastante. Em 1928 ela teria tentado o suicídio pela primeira vez .
Em 1930 Florbela começou a escrever o seu Diário do Último Ano, pubicado só em 1981. A 18 de Junho principiou a correspondência com Guido Battelli, professor italiano, visitante na Universidade de Coimbra, responsável pela publicação da Charneca em Flor em 1931. Na altura, a poetisa colaborou também no Portugal feminino de Lisboa, na revista Civilização e no Primeiro de Janeiro, ambos do Porto.
Florbela tentou o suicídio por duas vezes mais em Outubro e Novembro de 1930, na véspera da publicação da sua obra-prima, Charneca em Flor. Após o diagnóstico de um edema pulmonar, a poetisa perdeu o resto da vontade de viver. Não resistiu à terceira tentativa do suicídio. Faleceu em Matosinhos, no dia do seu 36º aniversário, a 8 de Dezembro de 1930. A causa da morte foi a sobredose de barbitúricos.
A poetisa teria deixado uma carta confidencial com as suas últimas disposições, entre elas, o pedido de colocar no seu caixão os restos do avião pilotado por Apeles na hora do acidente. O corpo dela jaz, desde 17 de Maio de 1964, no cemitério de Vila Viçosa, a sua terra natal.

Poesia

1919 Livro de Mágoas. Lisboa: Tipografia Maurício.
1923 Livro de Sóror Saudade. Lisboa: Tipografia A Americana.
1931 Charneca em Flor. Coimbra: Livraria Gonçalves.
1931 (com 28 sonetos inéditos). Coimbra: Livraria Gonçalves.
1931 Juvenília: versos inéditos de Florbela Espanca. Estudo crítico de Guido Battelli. Coimbra: Livraria Gonçalves.
1934 Sonetos Completos (Livro de Mágoas, Livro de Sóror Saudade, Charneca em Flor, Reliquiae). Coimbra: Livraria Gonçalves.

Prosa
1931 As Máscaras do Destino. Porto: Editora Marânus.
1981 Diário do Último Ano. Prefácio de Natália Correia. Lisboa: Livraria Bertrand.
1982 O Dominó Preto. Prefácio de Y. K. Centeno. Lisboa: Livraria Bertrand.

Coletâneas
1985/86 Obras Completas de Florbela Espanca. 8 vols. Edição de Rui Guedes. Lisboa: Publicações Dom Quixote.
1994 Trocando Olhares. Estudo introdutório, estabelecimento de textos e notas de Maria Lúcia Dal Farra. Lisboa: Imprensa Nacional/ Casa da Moe
Epistolografia
1931 Cartas de Florbela Espanca (A Dona Júlia Alves e a Guido Battelli). Coimbra: Livraria Gonçalves.
1949 Cartas de Florbela Espanca. Prefácio de Azinhal Abelho e José Emídio Amaro. Lisboa: Edição dos Autores.

Curiosidades
O grupo musical português Trovante musicou o soneto „Ser poeta”, incluído no volume Charneca em Flor. A canção intitulada “Perdidamente”, com música de João Gil, tornou-se numa das músicas mais populares da banda. Faz parte do álbum Terra Firme, lançado em 1987

Ouça-os vale a pena..

Jah bless all...

Édith Piaf


Édith Piaf (Édith Giovanna Gassion) nasceu em Paris, França no dia 19 de dezembro de 1915 e faleceu em Grasse, França no dia 10 de outubro de 1963. Foi uma cantora francesa de música de salão e variedades, mas foi reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson. Seu canto expressava claramente sua trágica história de vida. Entre seus maiores sucessos estão "La vie en rose" (1946), "Hymne à l'amour" (1949), "Milord" (1959), "Non, je ne regrette rien" (1960). Participou de peças teatrais e filmes. Em junho de 2007 foi lançado um filme biográfico sobre ela, chegando ao cinemas brasileiros em agosto do mesmo ano com o título "Piaf - Um Hino Ao Amor" (originalmente "La Môme", em inglês "La Vie En Rose"), direção de Olivier Dahan.
Édith Piaf está enterrada na mais célebre necrópole parisiense, o cemitério do Père-Lachaise. Seu sepultamento foi acompanhado por uma multidão poucas vezes vista na capital francesa. Hoje, seu túmulo é um dos mais visitados por turistas do mundo inteiro.

Ela nasceu como Édith Giovanna Gassion em Belleville, um distrito cheio de imigrantes em Paris. Uma lenda diz que ela nasceu na calçada da Rue de Belleville 72, mas sua certidão de nascimento cita o Hôpital Tenon, que faz parte de Belleville.
Ela recebeu o nome de Édith em homenagem a uma enfermeira britânica da Primeira Guerra Mundial que foi executada por ajudar soldados franceses a escapar dos alemães. Piaf, um nome coloquial francês para um tipo de pardal, foi um apelido dado a ela vinte anos depois.
Sua mãe, Annetta Giovanna Maillard (1895–1945), era pied-noir, mais especificamente de ascendência franco-italiana por parte de pai e cabila-berbere por parte de mãe. Ela trabalhava como cantora em um café com o pseudônimo de Line Marsa. Louis-Alphonse Gassion (1881–1944), o pai de Édith, era normando e acrobata de rua[4] com um passado no teatro. Os pais de Édith abondonaram-na cedo, e ela viveu por um curto período de tempo com sua avó materna, Emma (Aïcha) Saïd ben Mohammed (1876–1930). Sua avó não cuidava dela direito, deixando-a em uma saleta e sem tomar conta direito de sua higiene, ela ficou 18 meses com a avó até seu pai ir buscá-la. Antes de se alistar na armada francesa em 1916 para lutar na Primeira Guerra Mundial, o pai de Édith pegou-a devolta e levou-a para sua mãe cuidar, esta por sua vez trabalhava em um bordel em Bernay, na Normandia. Lá, prostitutas tomaram conta da pequena Édith.
Dos 3 aos 7 anos, Piaf ficou supsotamente cega devido a uma queratite. De acordo com uma de suas biografias, ela curou-se depois que as prostitutas da casa em que vivia levaram-na para orar no túmulo de Santa Teresa de Lisieux (conhecida popularmente como Santa Teresinha). Devido a esse episódio, Édith conservou um devoção a Santa Teresinha por toda sua vida.
EM 1922 o pai levou Édith do prostibúlo para viver em sua companhia enquanto trabalhava em pequenos circos intinerantes. Em 1929, aos 14 anos, seu pai que fazia performaces acrobáticas nas ruas de toda França, época em que Édith cantou pela primeira vez em público.
Com 15 anos, ela deixou seu pai e foi viver em um quarto no Grand Hôtel de Clermont (na Rua Veron, 18 de Paris) indo sozinha cantar nas ruas mais especificamente no Quartier Pigalle, Ménilmontant e subúrbios de Paris. Ela juntou-se a uma amiga, Simone Berteaut ("Mômone") no seu esforço, e as duas tornaram-se parceiras em travessuras.Piaf estava com 16 anos quando se apaixonou por Louis Dupont, um entregador.
Aos 17, Édith teve sua única filha, Marcelle, que morreu de meningite com 2 anos de idade em 7 de julho de 1935. Como a mãe, Piaf achou dificuldade em cuidar da filha enquanto vivia de cantoria nas ruas, por isso frequentemente deixava Marcelle para trás, Dupont criou a criança até sua morte.
O próximo namorado de Piaf era um cafetão chamado Albert que cobrava comissões do dinheiro que ela ganhava nas ruas cantando em troca de não forcá-la a se prostituir. Uma das amigas de Piaf, Nadia, suicidou-se quando encarou o fato de tornar-se prostituta, e Albert quase forçou Édith a tornar-se uma quando ela terminou o namoro em reação a morte de Nadia.

Em 1935, Piaf foi descoberta cantando na rua da área de Pigalle por Louis Leplée, dono do cabaré Le Gerny's, situado na avenida Champs Élysées, em Paris. Foi ele quem a iniciou na vida artística e a batizou de "la Môme Piaf", uma expressão francesa que significa "pequeno pardal" ou "pardalzinho", pois ela tinha uma estatura baixa. Lepleé, vendo o quão nervosa Piaf ficava ao cantar, começou a ensinar-lhe como se portar no palco e disse-lhe para começar a usar um vestido preto quando se apresentasse, vestuário que mais tarde se tornou sua marca registrada como roupa de apresentação. Ele também fez enorme campanha para a noite de estréia de Piaf no Le Gerny's, o que resultou na presença de várias celebridades, como o ator Maurice Chevalier. Foi durante suas apresentações no Le Gerby's que Piaf conheceu o compositor Raymond Asso e a compositora Marguerite Monnot, que se tornou sua parceira e grande e fiel amiga por toda sua vida. É de Marguerite composições como "Mon légionnaire", "Hymne à l'amour", "Milord" e "Les Amants d'un jour".
No ano seguinte (1936), Piaf assina contrato com a Polydor e lança seu primeiro disco "Les Mômes de la Cloche", que se torna sucesso imediato. Mas no dia 6 de abril desse mesmo ano, Leplée é assassinado em seu domicílio. Piaf é interrogada e acusada de cúmplice, mas acabou sendo absolvida mais tarde. Ele foi morto por bandidos que tiveram, num passado não muito distante, laços com Piaf., o que gerou uma atenção negativa sobre ela por parte da mídia, ameaçando, assim, sua carreira. Para reerguer sua imagem, ela retoma contato com Raymond Asso, com quem, mais tarde, ela também viria a se envolver romanticamente. Raymond passou a ser seu novo mentor e foi ele quem mudou o nome artístico dela de "La Môme Piaf" para "Édith Piaf" e encomendou a Marguerite Monnot canções que tratassem unicamente do passado de Piaf nas ruas. A partir deste reencontro, Raymond começou a fazer Piaf trabalhar arduamente para se tornar uma cantora profissional de Music Hall.
Entre 1936 e 1937, Piaf se apresentou no Bobino, um music hall no bairro Montparnasse. Em março de 1937, ela estréia no music hall ABC, onde ela se torna imediatamente uma imensa vedete da canção francesa, amada pelo público e difundida pela rádio. Em 1940 estréia no teatro em uma peça de Jean Cocteau Le Bel Indifférent, escrita especialmente para ela, e que a fez contracenar com seu então companheiro, o ator Paul Meurisse. Ao lado de Paul, ela estréia em um filme em 1941, Montmartre-sur-Seine de Georges Lacombe.
Durante a ocupação alemã na França, Piaf continua seus shows. Muitos a consideraram uma traidora, mas seguindo a guerra, ela declarou que trabalhou a favor da resistência francesa. Na primavera de 1944, Piaf conhece o jovem cantor Yves Montand e passa a ser sua mentora e amante.
Em 1945, Piaf escreveu uma de suas primeiras canções: "La Vie en rose", a canção mais célebre dela e seu grande clássico. Em 1946, Montand estréia no cinema ao lado de Piaf em Étoile sans lumière. Neste ano também o romance terminaria para os dois. Piaf acaba desfazendo o relacionamento quando ele está perto de alcançar o mesmo sucesso dela.
Durante esse tempo Piaf estava fazendo muito sucesso em Paris e em toda França. Após a guerra, tornou-se famosa internacionalmente, excursionando pela Europa, Estados Unidos e América do Sul. Entretanto, de início ela se deparou com pouco sucesso entre o público norte-americano. Mas, após a publicação de brilhante matéria de proeminente crítico de Nova Iorque,Piaf viu seu sucesso crescer ao ponto de sua popularidade levá-la a se apresentar oito vezes no Ed Sullivan Show e duas vezes no Carnegie Hall (1956 e 1957).
Em 1947, ela faz seus primeiros shows nos Estados Unidos. Em 1948 durante sua volta aos Estados Unidos, ela conhece o grande amor de sua vida, o pugilista Marcel Cerdan. Marcel de nacionalidade francesa, mas nascido na Algéria, era casado na época e iniciou um tórrido romance com Édith Piaf. Pouco tempo depois dos dois se conhecerem, Marcel tornou-se campeão mundial de boxe. Em 28 de outubro de 1949, Marcel morreu em acidente de avião em um vôo de Paris para Nova Iorque, onde a iria reencontrar. Arrasada pelo sofrimento e também pelo sofrimento de poliartrite aguda, Édith Piaf começa a se aplicar fortes doses de morfina. Seu grande sucesso "Hymne à l'amour" e "Mon Dieu", foram cantados por Édith em sua memória.
Em 1951, o jovem cantor Charles Aznavour converte-se em seu secretário, assistente, chofer e confidente. Ela ajudou a decolar sua carreira, levando-o em turnê pelos EUA e pela França e gravando algumas de suas músicas. Em setembro de 1952 casa-se com o célebre cantor francês Jacques Pills, do qual se divorcia em 1956.
Começa uma história de amor com Georges Moustaki ("Jo"), que Édith lança para a música. Ao seu lado sofreu um grave acidente automobilístico no ano de 1958, e piora seu já deteriorado estado de saúde e sua dependência em morfina. Édith grava novo sucesso, a canção "Millord", da qual Moustaki é o autor.
Em 1962, Piaf casa-se com Théo Sarapo (Theophanis Lamboukas), um cabeleireiro grego que se tornou posteriormente cantor e ator, 20 anos mais novo do que ela.

Morte
Édith Piaf morreu em 10 de outubro de 1963 à Plascassier (na localidade de Grasse nos Alpes-Marítimos) aos 47 anos, com a saúde abalada pelos excessos, pela morfina e todo o sofrimento de uma vida. O transporte de seu corpo a Paris foi feito clandestina e ilegalmente e seu falecimento foi anunciado oficialmente em 11 de outubro em Paris. Édith faleceu no mesmo dia que seu amigo Jean Cocteau. Édith foi enterrada no cemitério do Père-Lachaise, (division 97).


Discografia

Brasileira
La Vie En Rose
The Very Best Of Edith Piaf (1990)
Édith Piaf: 30 Anniversaire (2000)
Saprrow Of Paris (2002)
Tu Es Partout (2002)
Hymme À L'Amour (2007)
Platinum Collection - Digipack Edith Piaf
La Historia: Box Édith Piaf (2008)
Coleção Forever: Édith Piaf (200)
As grandes canções de Édith Piaf
L'accordéoniste (1940)
La Vie en Rose (1945)
Les trois cloches (1946)
Hymne à l'amour (1950)
Padam… Padam… (1951)
Sous le ciel de Paris (1954)
Non, je ne regrette rien (1956)
Les amants d'un jour (1956)
Mon manège a moi (Tu me fais tourner la tête) (1956)
Milord'(1959)
Jézebel"(1951)
Johnny, tu n'es pas an ange (1953)
Les amants d'un jour"(1956)

Os filmes
La garçonne (1936) Jean de Limur
Montmartre-sur-Seine (1941) Georges Lacombe
Etoile sans lumière (1946) Marcel Blistène
Al diavolo la celebrità (1949) Mario Monicelli Steno
Paris chante toujours (1951) Pierre Montazel
Boum sur Paris (1953) Maurice de Canonge
Si Versailles m'était conté (1954) Sacha Guitry
French cancan (1954) Jean Renoir
Édith et Marcel (1983) Claude Lelouch
La Môme (2007) Olivier Dahan
La vie en rose (2008) Avec Marion Cotillard (Magnifico)





"amusez-vous bien"

Pablo Neruda


Pablo Neruda nasceu em Parral, em 14 de julho de 1904, como Ricardo Eliezer Neftalí Reyes Basoalto. Era filho de José del Carmen Reyes Morales, um operário ferroviário, e de Rosa Basoalto Opazo, professora primária, morta quando Neruda tinha apenas um mês de vida. Ainda adolescente adotou o pseudônimo de Pablo Neruda (inspirado no escritor checo Jan Neruda), que utilizaria durante toda a vida, tornando-se seu nome legal, após ação de modificação do nome civil.
Em 1906 seu pai se transferiu para Temuco, onde se casou com Trinidad Candia Marverde, que o poeta menciona em diversos textos, como "Confesso que vivi" e "Memorial de Ilha Negra", como o nome de Mamadre. Estudou no Liceu de Homens dessa cidade e ali publicou seus primeiros poemas no periódico regional A Manhã. Em 1919 obteve o terceiro lugar nos Jogos Florais de Maule com o poema Noturno Ideal.
Em 1921 radicou-se em Santiago e estudou pedagogia em francês na Universidade do Chile, obtendo o primeiro prêmio da festa da primavera com o poema "A Canção de Festa", publicado posteriormente na revista Juventude. Em 1923 publica Crespusculário, que é reconhecido por escritores como Alone, Raúl Silva Castro e Pedro Prado. No ano seguinte aparece pela Editorial Nascimento seus Vinte poemas de amor e uma canção desesperada, no que ainda se nota uma influência do modernismo. Posteriormente se manifesta um propósito de renovação formal de intenção vanguardista em três breves livros publicados em 1936: O habitante e sua esperança, Anéis (em colaboração com Tomás Lagos) e Tentativa do homem infinito.
Em 1927 começa sua longa carreira diplomática quando é nomeado cônsul em Rangum, na Birmânia. Em suas múltiplas viagens conhece em Buenos Aires Frederico Garcia Lorca e, em Barcelona, Rafael Alberti. Em 1935, Manuel Altolaguirre entrega a Neruda a direção da revista Cavalo verde para a poesia na qual é companheiro dos poetas da geração de 1927. Nesse mesmo ano aparece a edição madrilenha de Residência na terra.
Em 1936, eclode a Guerra Civil espanhola; Neruda é destituído do cargo consular e escreve Espanha no coração. Em 1945 é eleito senador e obtém o Prêmio Nacional de Literatura. No mesmo ano, lê para mais de 100 mil pessoas no Estádio do Pacaembu em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes. Em 1950 publica Canto Geral, em que sua poesia adota intenção social, ética e política. Em 1952 publica Os Versos do Capitão e em 1954 As uvas e o vento e Odes Elementares.
Em 1953 constrói sua casa em Santiago, apelidada de "La Chascona", para se encontrar clandestinamente com sua amante Matilde, a quem havia dedicado Os Versos do Capitão. A casa foi uma de suas três casas no Chile, as outras estão em Isla Negra e Valparaíso. "La Chascona" é um museu com objetos de Neruda e pode ser visitada, em Santiago. No mesmo ano, recebeu o Prêmio Lênin da Paz.
Em 1958 apareceu Estravagario com uma nova mudança em sua poesia. Em 1965 lhe foi outorgado o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Oxford, Grã-Bretanha. Em outubro de 1971 recebeu o Prêmio Nobel de Literatura. Após o prêmio, Neruda é convidado por Salvador Allende para ler para mais de 70 mil pessoas no Estadio Nacional de Chile.
Morreu em Santiago em 23 de setembro de 1973, de câncer na próstata. Postumamente foram publicadas suas memórias em 1974, com o título "Confesso que vivi" .
Em 1994 um filme chamado Il Postino (também conhecido como O Carteiro e O Poeta ou O Carteiro de Pablo Neruda no Brasil e em Portugal) conta sua história numa ilha na Itália com sua terceira mulher Matilde. No filme Neruda torna-se amigo de um carteiro que lhe pede para ensinar a escrever versos (para poder conquistar uma bonita moça do povoado).
Durante as eleições presidenciais do Chile nos anos 70, Neruda abriu mão de sua candidatura para que Allende vencesse, pois ambos eram marxistas e acreditavam numa América Latina mais justa o que, a seu ver, poderia ocorrer com o socialismo. De acordo com Isabel Allende, em seu livro Paula, Neruda morreu de "tristeza" em setembro de 1973, ao ver dissolvido o governo de Allende.
Obra
Crepusculario. Santiago, Ediciones Claridad, 1923.
Veinte poemas de amor y una canción desesperada. Santiago, Nascimento, 1924.
Tentativa del hombre infinito. Santiago, Nascimento, 1926.
El habitante y su esperanza. Novela. Santiago, Nascimento, 1926. (prosa)
Residencia en la tierra (1925-1931). Madrid, Ediciones del Arbol, 1935.
España en el corazón. Himno a las glorias del pueblo en la guerra: (1936- 1937). Santiago, Ediciones Ercilla, 1937.
Tercera residencia (1935-1945). Buenos Aires, Losada, 1947.
Canto general. México, Talleres Gráficos de la Nación, 1950.
Todo el amor. Santiago, Nascimento, 1953.
Odas elementales. Buenos Aires, Losada, 1954.
Nuevas odas elementales. Buenos Aires, Losada, 1955.
Tercer libro de las odas. Buenos Aires, Losada, 1957.
Estravagario. Buenos Aires, Losada, 1958.
Cien sonetos de amor (Cem Sonetos de Amor). Santiago, Ed. Universitaria, 1959.
Navegaciones y regresos. Buenos Aires, Losada, 1959.
Poesías: Las piedras de Chile. Buenos Aires, Losada, 1960.
Cantos ceremoniales. Buenos Aires, Losada, 1961.
Memorial de Isla Negra. Buenos Aires, Losada, 1964. 5 vols.
Arte de pájaros. Santiago, Ediciones Sociedad de Amigos del Arte Contemporáneo, 1966.
Fulgor y muerte de Joaquín Murieta. Bandido chileno injusticiado en California el 23 de julio de 1853. Santiago, Zig-Zag, 1967. (obra teatral)
La Barcaola. Buenos Aires, Losada, 1967.
Las manos del día. Buenos Aires, Losada, 1968.
Fin del mundo. Santiago, Edición de la Sociedad de Arte Contemporáneo, 1969.
Maremoto. Santiago, Sociedad de Arte Contemporáneo, 1970.
La espada encendida. Buenos Aires, Losada, 1970.
Discurso de Stockholm. Alpigrano, Italia, A. Tallone, 1972.
Invitación al Nixonicidio y alabanza de la revolución chilena. Santiago, Empresa Editora Nacional Quimantú, 1973.
Libro de las preguntas. Buenos Aires, Losada, 1974.
Jardín de invierno. Buenos Aires, Losada, 1974.
Confieso que he vivido. Memorias. Barcelona, Seix Barral, 1974. (autobiografía)
Para nacer he nacido. Barcelona, Seix Barral, 1977.
El río invisible. Poesía y prosa de juventud. Barcelona, Seix Barral, 1980.
Obras completas. 3a. ed. aum. Buenos Aires, Losada, 1967. 2 vols.
Obras completas em formato PDF, contate-me pelo E-mail

Silvio Rodrigues


Silvio Rodríguez Domínguez (San Antonio de Los Baños, Cuba, 29 de Novembro de 1946) é um músico, poeta e cantor cubano.
Expoente da música cubana surgida com a Revolução Cubana, Silvio é um dos cantores cubanos contemporâneos de maior relevo internacional, criador juntamente com Pablo Milanés, Noel Nicola e outros músicos do movimento da Nova Trova Cubana. Considerado um poeta lúcido e inteligente, capaz de sintetizar o intimismo e os temas universais com a mobilização e a consciência social.


Em 1982, gravou Unicornio, que incluía a canção do mesmo título e que posteriormente iria converter-se na possivelmente mais famosa de Silvio. O disco, com uma orquestração mais rica do que a anterior, incluía ainda a "Canción urgente para Nicaragua", uma homenagem à Revolução Sandinista de 1979, "Por Quien Merece Amor", uma crítica aos EUA e um canto à solidariedade internacionalista cubana, "La Maza" (com ritmo de chacarera argentina) e outros títulos de temática diversa. Na tourné estaria acompanhado por Pablo Milanés e mais três músicos.
O concerto na Argentina, com a colaboração de músicos como León Gieco ou Piero[1], seria editado posteriormente em disco. Em 1983, colobora no disco do espanhol Luis Eduardo Aute Entre Amigos. No ano seguinte, grava o disco triplo "Tríptico Volume I", acompanhado de EGREM, antigos músicos do GESI, e as cordas da Camerata Brindis de Salas, com colaborações como Anabel López, Pablo Milanés, Pancho Amat ou o conjunto Manguaré. Ainda em 83, participa com dois títulos no trabalho colectivo já mítico gravado em Manágua em apoio da Revolução Sandinista: "Abril en Managua. Concerto da paz na Centro-América"; um grande concerto em que participam artistas do panorama revolucionário latino-americano como Gabino Palomares e Amparo Ochoa (México), Ali Primera (Venezuela), Mercedes Sosa (Argentina), Luís Enrique e Carlos Mejía Godoy & Los de Palacagüina (Nicarágua), Chico Buarque e Raimundo Fagner (Brasil), Daniel Baglietti (Uruguai), etc. Silvio cantou nessa tarde memorável "El Dulce Abismo" e "Canción Urgente para Nicaragua".
Em 1985, colabora no disco Querido Pablo, onde Pablo Milanés dá uma vista de olhos às suas velhas músicas, com novos arranjos e colaborações de velhos amigos, cantores e escritores. No mesmo ano, começa uma tourné com o grupo Afrocuba, dirigido por Oriente López, e com mais de uma dezena de músicos. Com eles, grava em 1986 em Madrid (Espanha) o disco duplo "Causas y Azares", com canções como "Te Conozco", "Sueño de una Noche de Verano" (rock), "Canción en Harapos" (crítica de hipocrisia e a acomodação pequeno-burguesa), "Requiem" (triste canção de desamor) e a energética "No Hacen Falta Alas".
Em 1988, entre Londres e Havana, grava Oh, Melancolía, também disco duplo, com títulos como o feminista "Eva", "Jerusalén Año Cero", leitura revolucionária da figura de Jesus Cristo, "En el Jardín de la Noche" (homenagem à Lua e às viagens espaciais) e "El Extraño Caso de las Damas de África".
Já em 1990, Silvio faz uma tourné com o mítico grupo cubano Irakere e com o pianista Chucho Valdés. Após o fim da ditadura militar chilena, viaja com o seu grupo a esse país e dá um concerto no Estádio Nacional de Santiago, perante 80.000 pessoas. Desse concerto iria ser editado um disco triplo (e CD duplo) em que aparecem títulos nunca antes gravados em estúdio, como "Venga la Esperanza" ou "El Hombre Extraño", dedicada ao cantor chileno Víctor Jara.


A década de noventa, a trilogia Silvio Rodríguez Domínguez
Em 1992 fez uma tourné com Diákara (músicos de Afrocuba e Irakere e começa a gravar um disco que ainda não foi publicado. Nessa altura é que principia a apoiar músicos da chamada Novíssima Trova Cubana, como Carlos Varela, e colabora em discos de diversos artistas e grupos, tais como Taller Canario.
Em 1992 é publicado o disco Silvio, primeiro de uma trilogia (a seguir tetralogia, com Descartes) de partida só com viola. Seguir-se-ão Rodríguez (1994) e Domínguez (1996). Esses discos, com grande sucesso entre o público, incluem temas como "Quién Fuera", "La Guitarra del Joven Soldado" (a lembrar a sua juventude), o swing "La Desilusión", "Escaramujo", que tem uma versão a cargo do grupo coral cubano Vocal Sámpling), "Flores Nocturnas" (um canto às prostitutas), "Desnuda y con Sombrilla", (um original tema erótico), "Ala de Colibrí", "Canción del Trovador Errante" (totalmente falado sobre um fundo electrónico), "Me Quieren" (tema engraçado dedicado aos seus "inimigos"), ou "Reino de Todavía" (sobre a situação actual entre Cuba e os Estados Unidos). Esta trilogia tem quase só viola (com algumas pitadas de percussão manual e "natural", além de ligeiros elementos electrónicos em Domínguez, em que iriam colaborar a mãe e a irmã Anabel), foi completada com Descartes, de menor difusão, com temas destacados como Rosana. Em 93, grava com o espanhol Luís Eduardo Aute o disco ao vivo Mano a Mano.
Já no fim da década, em 1999, editou com o guitarrista Rey Guerra o disco Mariposas, em que colaborou a companheira de Silvio, Niurka González, que toca flauta em dois temas. Disco não tão bem sucedido como os anteriores, incluiu temas como "Olivia", "Viñeta" e "Sin Hijo ni Árbol ni Libro".


No Século XXI, a barbárie
Após um período sem tournés, deu-se à tarefa de compor e arranjar o seu próximo disco, desta vez orquestrado. Intitulado Expedición, foi editado em 2002, contando com a participação de membros da Orquestra Nacional de Cuba, alguns dos músicos habituais na discografia de Silvio, incluída a irmã Anabel López, Pancho Amat, Niurka González, Yanela Lojos, etc, estudantes de música e membros do conjunto Diákara. Inclui canções como "Tiempo de Ser Fantasma", "Sortilegio", "Fronteras" o "Anoche Fue la Orquesta".
Cita con Ángeles, de 2003, com canções compostas nessa altura, é um disco de importante compromisso político, com denúncias contra o imperialismo e a guerra contra o povo Iraquiano ("Sinuhé"), mensagens contra Bush, Tony Blair e Aznar, e referências ao 11 de Setembro. O disco foi dedicado à sua filha Malva e ao seu neto Diego, recém-nascidos no momento em que o disco era gravado.
Em 2006, publica o que é, até hoje, o seu último trabalho discográfico, Érase que se Era, compilação de canções de etapas muito recuadas na sua carreira musical (entre 1968 e 1970), voltadas a gravar para a ocasião.
Tendo o seu principal público nos países de fala espanhola, talvez a Galiza seja o país lusófono em que tenha actuado em mais ocasiões, contando com um público numeroso e fiel. A sua última actuação na Galiza foi, por enquanto, em Agosto de 2006, quando protagonizou um concerto em apoio ao povo galego, que acabava de enfrentar um terrível Verão de fogos florestais que arrasaram boa parte do país. Um emocionante concerto na cidade de Ponte Vedra, em que Silvio começou com um grito solidário de "Viva a Galiza!" e continuou com uma viagem através de alguns dos mais conhecidos trabalhos musicais da sua já longa carreira de arte e compromisso.


Discografia
Existem variações desta discografia em função de diversas causas: chancela discográfica, editoras, censura, etc, tendo sido alterados alguns discos, títulos e capas. Contudo, podemos dizer que esta é aproximadamente a discografia original:
Días y flores (1975)
Al final de este viaje... 1968/1970 (1978)
Mujeres (1979)
Rabo de nube (1980)
Unicornio (1982)
Silvio Rodríguez y Pablo Milanés en vivo en Argentina (1984)
Tríptico (álbum) (triplo LP, 1984)
Causas y azares (1986)
Oh melancolía (1988)
Silvio Rodríguez en Chile (1990)
Silvio (1992)
Mano a mano (com Luis Eduardo Aute) (1993)
Rodríguez (1994)
Domínguez (1996)
Descartes (1998)
Mariposas (1999)
Expedición (2002)
Cita con ángeles (2003)
Érase que se era (2006)

Discografia especial
Para além dos discos oficiais, em numerosos países de fala espanhola circulam discos próprios com compilações, versões ou edições que não se acham na discografia oficial.

México
Antología
Espanha
Cuando digo futuro
Chile
Memorias
Causas y azares


Quem quiser conhecer o trabalho deste grande artista, contacte me no E-mail rtsndrgrndarnaldo@gmail.com

Chico Buarque de Holanda


Francisco Buarque de Hollanda, conhecido como Chico Buarque (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944) é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro. Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, iniciou sua carreira na década de 1960, destacando-se em 1966, quando venceu, com a canção A Banda, o Festival de Música Popular Brasileira. Em 1969, com a crescente repressão da Ditadura Militar no Brasil, se auto-exilou na Itália, tornando-se, ao retornar, um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização do Brasil. Na carreira literária, foi ganhador do Prêmio Jabuti, pelo livro Budapeste, lançado em 2004.
Casou-se com e separou-se da atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas: Sílvia, que é atriz e casada com Chico Diaz, Helena, casada com o percussionista Carlinhos Brown e Luísa. É irmão das cantoras Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina. Ao contrário do que tem sido propagado na internet, Aurélio Buarque era apenas um primo distante do pai de Chico.


Chico é filho de Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), um importante historiador e jornalista brasileiro e de Maria Amélia Cesário Alvim(1910), pintora e pianista.
Em 1946, passou a morar em São Paulo, onde o pai assumira a direção do Museu do Ipiranga. Sempre revelou interesses pela música - interesse que foi bastante reforçado pela convivência com intelectuais como Vinicius de Moraes e Paulo Vanzolini.
Em 1953, Sérgio Buarque de Holanda foi convidado para lecionar na Universidade de Roma, consequentemente, a família muda-se para a Itália. Chico torna-se trilíngüe, na escola fala inglês, e nas ruas, italiano. Nessa época, suas primeiras "marchinhas de carnaval" são compostas, e, com as irmãs mais novas, Piiizinha, Cristina e Ana, encenadas.
De volta ao Brasil, produz suas primeiras crônicas no jornal Verbâmidas, do Colégio Santa Cruz de São Paulo, nome criado por ele. Sua primeira aparição na imprensa não foi cultural, mas policial, publicada, no jornal Última Hora, de São Paulo. Com um amigo, furtou um carro para passear pela madrugada paulista, algo relativamente comum na época. Foi preso. "Pivetes furtaram um carro: presos" foi a manchete no dia seguinte com uma a foto de dois menores com tarjas pretas nos olhos. Chico não pôde mais sair sozinho à noite até que completasse 18 anos.


Chico Buarque chegou a ingressar no curso de Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU) em 1963. Cursou dois anos e parou em 1965, quando começou a se dedicar à carreira artística. Neste ano, lançou Sonho de Carnaval, inscrita no I Festival Nacional de Música Popular Brasileira, transmitida pela TV Excelsior, além de Pedro Pedreiro, música fundamental para experimentação do modo como viria a trabalhar os versos, com rigoroso trabalho estilístico morfológico e politização, mais significativamente na década de 1970. A primeira composição séria, Canção dos Olhos, é de 1961.
Conheceu Elis Regina, que havia vencido o Festival de Música Popular Brasileira (1965) com a canção Arrastão, mas a cantora acabou desistindo de gravá-lo devido à impaciência com a timidez do compositor. Chico Buarque revelou-se ao público brasileiro quando ganhou o mesmo Festival, no ano seguinte (1966), transmitido pela TV Record, com A Banda, interpretada por Nara Leão (empatou em primeiro lugar com Disparada, de Geraldo Vandré). No entanto, Zuza Homem de Mello, no livro A Era dos Festivais - Uma Parábola, revelou que a banda venceu o festival. O musicólogo preservou por décadas as folhas de votação do festival. Nelas, consta que a música da banda ganhou a competição por 7 a 5. Chico, ao perceber que ganharia, foi até o presidente da comissão e disse não aceitar a derrota de Disparada. Caso isso acontecesse, iria na mesma hora entregar o prêmio ao concorrente.
No dia 10 de outubro de 1966, data da final, iniciou o processo que designaria Chico Buarque como unanimidade nacional, alcunha criada por Millôr Fernandes.
Canções como Ela e sua Janela, de 1966, começam a demonstrar a face lírica do compositor. Com a observação da sociedade, como nas diversas vezes em que citação do vocábulo janela está presente em suas primeiras canções: Juca, Januária, Carolina, A Banda e Madelena foi pro Mar. As influências de Noel Rosa podem ser notadas em A Rita, 1965, citado na letra, e Ismael Silva, como em marchas-ranchos.


Ameaçado pelo Regime Militar no Brasil, esteve exilado na Itália em 1969, onde chegou a fazer espetáculos com Toquinho. Nessa época teve suas canções Apesar de você (que dizem ser uma alusão negativa ao presidente Emílio Garrastazu Médici, mas que Chico sustenta ser em referência à situação) e Cálice censuradas pela censura brasileira. Adotou o pseudônimo de Julinho da Adelaide, com o qual compôs apenas três canções: "Milagre Brasileiro", "Acorda amor" e "Jorge Maravilha". Na Itália Chico tornou-se amigo do cantor Lucio Dalla, de quem fez a belíssima Minha História, versão em português (1970) da canção Gesù Bambino (título verdadeiro 4 marzo 1943), de Lucio Dalla e Paola Palotino.
Ao voltar ao Brasil continuou com composições que denunciavam aspectos sociais, econômicos e culturais, como a célebre Construção ou a divertida Partido Alto. Apresentou-se com Caetano Veloso (que também foi exilado, mas na Inglaterra) e Maria Bethânia. Teve outra de suas músicas associada a críticas a um presidente do Brasil. Julinho da Adelaide, aliás, não era só um pseudônimo, mas sim a forma que o compositor encontrou para driblar a censura, então implacável ao perceber seu nome nos créditos de uma música. Para completar a farsa e dar-lhe ares de veracidade, Julinho da Adelaide chegou a ter cédula de identidade e até mesmo a conceder entrevista a um jornal da época.
Uma das canções de Chico Buarque que criticam a ditadura é uma carta em forma de música, uma carta musicada que ele fez em homenagem ao Augusto Boal, que vivia no exílio, quando o Brasil ainda vivia sob a ditadura militar.
A canção se chama "Meu Caro Amigo" e foi dirigida a Boal, que na época estava exilado em Lisboa. A canção foi lançada originalmente num disco de título quase igual, chamado Meus Caros Amigos, do ano de 1976. Nordeste já, valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985) abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto de criação coletiva com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.


Discografia
1966: Chico Buarque de Hollanda
1966: Morte e Vida Severina
1967: Chico Buarque de Hollanda vol. 2
1968: Chico Buarque de Hollanda (compacto)
1968: Chico Buarque de Hollanda vol. 3
1969: Umas e Outras (compacto)
1969: Chico Buarque na Itália
1970: Apesar de Você
1970: Per un Pugno di Samba
1970: Chico Buarque de Hollanda - Nº4
1971: Construção
1972: Quando o Carnaval Chegar
1972: Caetano e Chico Juntos e ao Vivo
1973: Chico Canta
1974: Sinal Fechado
1975: Chico Buarque & Maria Bethânia ao Vivo
1976: Meus Caros Amigos
1977: Cio da Terra compacto
1977: Os Saltimbancos
1977: Gota d'Água
1978: Chico Buarque
1979: Ópera do Malandro
1980: Vida
1980: Show 1º de Maio (compacto)
1981: Almanaque
1981: Saltimbancos Trapalhões
1982: Chico Buarque en Espanhol
1983: Para Viver um Grande Amor
1983: O Grande Circo Místico
1984: Chico Buarque (Vermelho)
1985: O Corsário do Rei
1985: Malandro
1986: Melhores Momentos de Chico & Caetano
1986: Trilha Sonora do Filme "Ópera do Malandro"
1987: Francisco
1988: Dança da Meia-Lua
1989: Chico Buarque
1990: Chico Buarque ao vivo Paris Le Zenith
1993: Paratodos
1995: Uma Palavra
1997: Terra
1998: As Cidades
1998: Chico Buarque da Mangueira
1999: Chico ao Vivo
2001: Chico e as cidades (DVD)
2001: Cambaio
2002: Chico Buarque – Duetos
2003: Chico ou o país da delicadeza perdida (DVD)
2004: Perfil - Chico Buarque
2005: Meu Caro Amigo (DVD)
2005: A Flor da Pele (DVD)
2005: Vai passar (DVD)
2005: Anos Dourados (DVD)
2005: Estação Derradeira (DVD)
2005: Bastidores (DVD)
2006: O Futebol (DVD)
2006: Romance (DVD)
2006: Uma Palavra (DVD)
2006: Cinema (DVD)
2006: Saltimbancos (DVD)
2006: Roda Viva (DVD)
2006: Carioca (CD + DVD com o documentário Desconstrução)
2007: Carioca - Ao Vivo
2007: Carioca Ao Vivo (DVD)

Outros trabalhos
Livros
Fazenda Modelo
Chapeuzinho Amarelo
A bordo do Rui Barbosa (ilustrações de Vallandro Keating)
Estorvo (primeiro romance)
Benjamim
Budapeste
Leite Derramado
Peças
1967/8: Roda Viva
1973: Calabar (co-escrita com Ruy Guerra)
1975: Gota d'água
1978: Ópera do Malandro
1983: O Grande Circo Místico
Filmes
1972: Quando o carnaval chegar (co-autor)
1983: Para viver um grande amor (co-autor)
1985: Ópera do Malandro